Patrono do 9º Batalhão de Engenharia de Construção
José Vieira Couto de Magalhães
Couto de Magalhães (1837-1898) foi um escritor e folclorista brasileiro. Foi o iniciador dos estudos folclóricos no Brasil, publicando "Os Selvagens", em 1876, e "Ensaios de Antropologia", em 1894. Foi também político e Militar.
Nasceu em Diamantina, Minas Gerais, no dia 1º de novembro de 1837. Cursou o Seminário de Mariana, foi aluno da Academia Militar do Rio de Janeiro e do Curso de Artilharia de Campanha de Londres. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1859 e doutorou-se em 1860. Falava inglês, francês, alemão, italiano e diversos dialetos indígenas.
Exerceu o cargo de Secretário do Governo de Minas Gerais entre 1860 e 1861. Foi Presidente das Províncias de Goiás Pará, Mato Grosso e São Paulo. Ao irromper a Guerra do Paraguai, foi designado à Presidência de Mato Grosso e impediu que da Bolívia viessem reforços para o Paraguai. Tendo os paraguaios invadido Mato Grosso, foram derrotados por Couto Magalhães em Alegrete e Corumbá.
É o iniciador dos estudos folclóricos no Brasil. Ao ser proclamada a República no Brasil, preferiu permanecer no seu regime antigo, e afastou-se da política. No seu desempenho como Presidente do Mato Grosso, na ocasião da Guerra do Paraguai, foi homenageado com o título de Brigadeiro Honorário do Exército. Suas obras como escritor são: “Anchieta e as Línguas Indígenas”, “Viagens ao Araguaia”, “Os Guaianases ou a Fundação de São Paulo”, “Revolta de Felipe dos Santos em 1720” e o “Selvagem”, obra escrita a pedido de D. Pedro II para figurar na Exposição de Filadélfia em 1876. José Vieira Couto de Magalhães faleceu no Rio de Janeiro, no dia 14 de setembro de 1898.
ESTANDARTE HISTORICO
Portaria nº 483 de 18 de agosto de 1995.
O Ministro de Estado do Exercito, no uso da competência que lhe confere o art 28 do Decreto nº 93.188, de 29 de agosto de 1996. Tendo em vista o que prescreve o art. II da IG II-01, aprovadas pela Portaria Ministerial nº 409, de 29 de abril de 1987, e de acordo com o que propõe a Secretaria Geral do Exercito, ouvido o Centro de Documentação do Exercito, resolve:
Art.1º Conceder ao 9º Batalhão de Engenharia de Construção, "Batalhão General Couto Magalhães", com sede em Cuiabá-MT, o estandarte histórico constante do modelo anexe, com a seguinte descrição heráldica.
"Forma retangular tipo bandeira universal, franjado de ouro. Campo azul-turquesa cor representativa da Arma de Engenharia. Em abismo um escudo peninsular português, franchado e filetado de ouro; primeiro campo, de vermelho, carregado com distintivo da Arma de Engenharia e sobre a sua base o algarismo "3", evocando o 3º Batalhão de Engenharia, tudo de ouro, segundo campo, de azul-ultramar, carregado com a cruz florenciada e vazia de ouro, peça contida no brasão de armas dos Magalhães, terceiro campo, carregado com cinco ondas de azul e de prata, caracterizando o pioneirismo da navegação a vapor no rio Araguaia, fruto da visão político-administrativo do homenageado, quarto campo, de azul-celeste, carregado com uma fortaleza de ouro, firmada sobre o solo de verde, simbolizando o envio de uma força expedicionária pelo presidente da província de Mato Grosso, General Couto de Magalhães, para a defesa da cidade de Corumbá, quando da invasão paraguaia, no início da Guerra do Paraguai. Envolvendo o escudo a denominação histórica "Batalhão General Couto de Magalhães", em arco de ouro. Laço militar nas cores nacionais, tendo escrito em caracteres de ouro, a designação da Organização Militar."
Art.2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Boletim do Exército do Exército nº 35/95.
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