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9º BEC homenageia Villagran Cabrita no seu Bicentenário

  • Publicado: Terça, 05 de Janeiro de 2021, 15h37
  • Última atualização em Quarta, 06 de Janeiro de 2021, 16h38
     No dia 5 de janeiro, o 9º Batalhão de Engenharia de Construção realizou solenidade militar alusiva ao bicentenário do nascimento do Patrono da Arma de Engenharia, o Tenente-Coronel João Carlos de Villagran Cabrita.
     Na oportunidade, o Soldado Davi Dias de Oliveira recebeu Medalha de Praça mais Distinta, por ter se destacado com o melhor conceito global entre todos os recrutas incorporados no batalhão em 1º de março de 2020, considerando-se resultados obtidos nas instruções, particularmente ordem unida, tiro e educação física; comportamento; assiduidade e pontualidade; apresentação pessoal; e espírito militar.
     Villagran Cabrita nasceu em 30 de dezembro de 1820, em Montevidéu, capital da Província Cisplatina do Reino de Portugal. Migrou com sua família para o Rio de Janeiro por ocasião da independência do Uruguai, em 1828. Incorporou às fileiras do Exército Brasileiro no ano de 1840, sendo declarado cadete de 1ª classe. Quatro anos depois, como 1º Tenente de Artilharia, participou da missão de garantia e manutenção da ordem na Província de Pernambuco. Ao regressar à capital do Império graduou-se engenheiro. Em 1851, no posto de Capitão, serviu na missão militar brasileira no Paraguai, como instrutor de artilharia. Em 1855, participou da criação e implantação do Imperial Batalhão de Engenheiros, na Fortaleza de São João e na Praia Vermelha. Como instrutor da Escola Militar, se apresentou como voluntário para integrar o Batalhão de Engenheiros designado para missão na Campanha contra Aguirre, no Uruguai, onde vivenciou o cerco e a capitulação, em 20 de fevereiro de 1865, de sua cidade natal, pela ação conjunta da Marinha e do Exército imperiais. Em junho de 1865, já como Tenente Coronel subcomandante do Batalhão de Engenheiros na Guerra da Tríplice Aliança, tomou parte na travessia do rio Uruguai, efetuada da cidade oriental de Salto, para a cidade de Concórdia, em território portenho, numa ação conjunta com a esquadra imperial. Nos meses seguintes, na marcha em direção à fronteira guarani, comandou o Batalhão de Engenheiros, realizando as travessias dos rios Mocoretá, Mandisovi, Corrientes, Santa Lúcia e Riachuelo e reparando estradas. Na noite de 5 de abril, à frente de 900 brasileiros pertencentes ao 7º Corpo de Voluntários da Pátria, ao 14º Batalhão de Infantaria de Linha e ao Batalhão de Engenheiros, conquistou a Ilha da Redenção numa operação anfíbia com apoio de transporte e de fogo da esquadra imperial, sendo esta a primeira vez que o pavilhão nacional brasileiro tremulou em território paraguaio. Na manhã de 10 de abril, após perceber uma manobra paraguaia de envolvimento com 1.200 combatentes com o objetivo de retomar a ilha, comandou uma carga de baioneta à frente com 150 homens aos brados de: “Viva a Nação Brasileira! Viva o Imperador!”, fazendo o inimigo compreender que tinha de lutar contra um povo forte e destemido. No mesmo dia, quando redigia a ordem do dia da vitória, uma granada atingiu a chata onde se encontrava, levando-o a óbito instantaneamente. Exemplo de vocação, coragem e determinação, cumpriu a missão recebida. Aferrou-se à Ilha da Redenção com uma vontade indômita, enfrentando levas de forças adversárias aguerridas que suplantavam as suas em número, expulsando todas. Não cedeu um metro do terreno. Morreu pela glória.
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